segunda-feira, 31 de julho de 2017

Em quem votar em 2018?

Por Carlos Sinésio
Uma das perguntas que mais se escuta no Brasil de hoje, depois de tantas delações, denúncias e condenações de políticos, é: em quem votar para presidente em 2018?
Pense numa indagação difícil de ser respondida, diante de tantas incertezas na política e na economia.
Certamente essa resposta vai demorar para ser respondida, pois talvez só será possível quando, de fato, os nomes dos candidatos a presidente estiverem homologados pela Justiça Eleitoral.
As exceções ficam por conta do eleitor do PT, que sonha 24 horas por dia com a candidatura do ex-presidente Lula, e de uma parcela da população que manifesta o desejo firme de votar no ultraconservador Jair Bolsonaro, que deve ir para o PEN.
Já condenado em primeira instância em um dos muitos processos a que responde por corrupção e outros crimes, o líder petista tem tudo para não ser candidato. É pouco provável que até 2018 ele não seja condenado novamente, tornando-se ficha-suja e ficando inelegível.
Quanto aos demais nomes que se apresentam ou manifestam o desejo de concorrer só há incertezas. Vários deles dependem de decisões judiciais, podendo se tornar fichas sujas, ou das disputas partidárias internas.
Partidos como o PMDB e o PSDB dispõem de vários nomes conhecidos, manjados na política e na corrupção, e por isso viverão ainda muitos meses de incertezas.
A dificuldade para a maior fatia do eleitorado vai ser mesmo encontrar nomes limpos, que tenham credibilidade, que não estejam citados nas listas das múltiplas delações.
Lembramos que há a condenação judicial, mas existe também a condenação moral imposta pela sociedade. Esta última pode ser tão ou mais implacável do que a primeira.
O ideal é que no Brasil as regras fossem idênticas as de países mais desenvolvidos e onde a democracia é mais sólida, a exemplo dos Estados Unidos. Justo ou não, ali o cidadão basta estar com certas pendências junto à Receita, ao fisco, para não ter o direito de se candidatar. Para disputar uma eleição, o norte-americano precisa estar quite com o seu País em todos os sentidos.
Bem que no Brasil poderia ser assim também! Vou ficar torcendo para que um dia o País alcance esse grau de desenvolvimento na política. Enquanto isso não ocorre, o jeito é ficar aqui morrendo de inveja dos americanos nesse aspecto.

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