sábado, 19 de agosto de 2017

O jogo é de paciência

De Marisa Gibson, hoje, na sua coluna DIÁRIO POLÍTICO
O que o senador Fernando Bezerra Coelho decidir em relação ao PSB será de responsabilidade dele. Isso quer dizer que o PSB não vai colocar o senador para fora do partido e nem quer ser acusado disso. Essa é uma leitura que já está evidente. Na sexta-feira, Fernando Filho, ministro de Minas e Energia, teve uma conversa com o prefeito Geraldo Julio (PSB), um dos caciques socialistas que tentam contornar a situação. Não por amor ao grupo Bezerra Coelho, mas por saber que um desfalque desse porte no palanque do governador Paulo Câmara (PSB), que concorrerá à reeleição, tem um peso grande.

Há socialistas que defendem a tese de que FBC até gostaria de ser expulso do partido, pois seria uma forte justificativa para trabalhar, de fato, um projeto “de mudança” para o estado. Do outro lado, o grupo do senador desconfia das palavras de boa vontade do PSB pernambucano. Argumenta-se que a virulência com que a presidência nacional do PSB investiu contra os 15 deputados “dissidentes” deixa evidente que “alguém bancou” o gesto de Carlos Siqueira. E quem foi? Ninguém diz.
Bem, os últimos dias foram marcados por recados de FBC e também de Fernando Filho, que estão à espera das novas regras eleitorais e dos prazos para troca de partido, mudanças que estão atreladas à escolha de Márcio França, vice-governador de São Paulo, a presidente nacional do PSB.  Aliás,  houve um tempo em que PSB estadual teve quase certeza de que FBC e o seu grupo ficariam com o controle do PSB nacional, mas não aconteceu e, por enquanto, o senador ainda não encontrou firmeza para decidir.
Enfim, o jogo é de paciência. E, sob esse aspecto, o lado de lá está mais confortável: Paulo Câmara tem o tempo a seu favor e, segundo os mais próximos, “uma paciência, como poucos”. 

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